Confira a nova coreografia realizada no 25º Encontro Sesc de Dança de Nova Friburgo, no dia 06 de julho de 2013 apresentada pelo Grupo Nur, da professora e bailarina Ju Najlah, de Nova Friburgo.
Mona Ibrahim Wafa nasceu em 1954. Começou a dançar
profissionalmente aos 13 anos. Sua paixão pela dança fez com que fugisse do
Egito para o Líbano em 1970, para escapar da raiva de seu conservador pai
beduíno. Ela tornou-se uma famosa dançarina do ventre e a bailarina principal de
algumas das mais elegantes casas noturnas em Beirute, incluindo o night club de
Farid el Atresh. Ao retornar ao Cairo em 1975, ela já era uma grande estrela,
tendo dançado em muitos dos melhores hotéis e casas noturnas, como o Cairo
Meridian e Sheraton El Jazierra. Mona não foi influenciada por ninguém, não se
apropriou do estilo de outras dançarinas. Seu estilo é único! Mona El Said
pensa que é mais importante dançar com sentimento do que contando os passos. Ela
se concentra no sentimento e emoção, com movimentos inovadores, cria magia no
palco com sua energia. Tahiya Carioca a apelidou de a "Princesa do Raks Sharki",
as revistas e os jornais egípcios a apelidaram de "Sa'mraa El Nile",
que significa "O Bronze do Nilo".
As performances de Mona El Said são sempre acompanhadas por uma grande
orquestra, como acontece com todas as grandes dançarinas egípcias. Mona El Said
contratou os mais sofisticados músicos de seu tempo: Reda Darwish - que também
tocou para o grupo de Nelly Fouad – na percussão, Samir Srour no saxofone, Dr.
Saad Mohammed Hassan tocava violino, Omara Farahat por vezes era maestro e por
vezes tocava violino, e o tecladista era Mohsen Adley. Ela acredita que deve
haver uma compreensão mútua entre bailarina e músicos.
Mona El Said não costuma acelerar seus passos a não ser que
a música peça isso. Suas coreografias são
precisas, cheias de emoção. Ela dança
em perfeita harmonia com a música. Usa movimentos limpos, encarnando
um sentido de ordem e método, em contraste direto com o tumulto que a rodeava. Mona
é um bom exemplo de uma dançarina egípcia que está confortável com ela mesma
como bailarina e que irradia alegria e paixão durante uma performance.
Mona dança principalmente entre Londres e Cairo. Seu estilo
distinto fez dela uma das grandes estrelas da dança do ventre do século XX. Seu
estilo único, graça e elegância inspira bailarinos em todo o mundo e impactam o
mundo da dança do ventre de uma maneira enorme. Mona El Said estrelou um certo
número de filmes egípcios, sendo sete deles como estrela principal. Ela ganhou a admiração de
seu público no Egito e no exterior. Muitos egípcios a consideram uma das lendas
da dança oriental. Quando as pessoas pensam em glamour, elegância e moda das
famosas dançarinas do ventre, Mona El Said é um dos primeiros nomes a vir à
mente. Mona percorreu o mundo ministrando workshops. Ela deu muitas aulas nos
EUA e Reino Unido, bem como em outros países e treinou muitas outras estrelas
de dança.
Estamos fazendo a manutenção do layout do blog, no intuito de torná-lo mais funcional e atrativo a seus leitores.
Nas próximas semanas ele estará em um modo transitório entre o novo e antigo layout. Preferimos assim para permitir que seus leitores possam continuar acessar as informações do blog.
“Da mesma época de Fifi Abdo e até considerada sua rival,
foi uma dançarina extraordinária e reconhecida por seus movimentos rigorosos,
bonitos e controlados e uma simpatia sem igual. Quando pequena, praticava
ballet clássico, mas diz que se recorda pouco dessa fase. Inspirada em
Tahia Carioca e Sämia Gamal começou a atuar como atriz, mas em suas
atuações Lucy misturava passos de dança e muitos perguntavam se era uma atriz
ou uma dançarina. Ela respondia que esta era uma pergunta errada, e dizia que
havia algo dentro dela, que não podia ser separado. "A arte é uma
totalidade, e não pode ser dividida. O artista, o ator principalmente, deve ser
competente em cantar, não o tarab, que é completamente diferente, mas em cantar
em ritmo, em movimento... e em dançar, se isto requerer dele", dizia Lucy.
"Dançar é minha prioridade. É o que eu nasci fazendo, e logo a dança mais
refinada, que e o ballet. Dançar tem que vir primeiramente, depois atuar e
então cantar. Eu amo todos os três, me amo em todos os três e graças a Deus, me
realizo em todos o três".
Lucy foi considerada uma alma nova em Alexandria. "A
Dançarina de Dança do Ventre e Atriz de Cinema". Foi reconhecida por
vários papeis importantes no cinema, e deu aulas de dança nos Estados Unidos.
Lucy, hoje, dona do Cabaret Parisiana, continua com a mesma simpatia e sorriso
encantando seu público eternamente.
Fontes:
* Shokry Mohamed - La Danza Mágica Del Vientre
* Merit Aton - Dança do Ventre, Dança do Coração
Após este longo período sem conseguir postar, estou retornando hoje com minhas pesquisas. Espero poder contribuir com o estudo de cada uma de vocês, lembrando que o material ao qual tenho acesso para escrever tais textos é o publicado em sites, blogs, livros e revistas, de tal forma que não sei se todas as fontes são confiáveis, mas são as que têm textos disponíveis. Portanto, leiamos sem tomar nada como verdades absolutas, são apenas formas de se enxergar acontecimentos e pessoas. Ao fim de cada texto continuarei indicando a bibliografia que me serviu de base. Farei o possível para conseguir manter a frequência de uma postagem quinzenal sobre este tema. Caso não consiga, lhes peço desculpas antecipadas, já que o volume de trabalho tem estado grande.Um grande abraço a cada um dos leitores e obrigada pela presença de vocês em nosso blog!
Ju Najlah
Fifi Abdou talvez tenha sido a bailarina de Dança
Oriental mais polêmica. É admirada por milhões e, igualmente, odiada e
considerada vulgar por outros milhões de pessoas. Tornou-se um ícone da Dança Oriental.
Nascida em 1953 com o nome de Atiyat Abdul Fattah
Ibrahim, em uma família pobre, quando menina ficava em casa assistindo filmes
das bailarinas Taheyya Karioca e Naima Akef, entre outras, imitando seus passos.
Determinada a se tornar bailarina, fugiu de casa
aos 12 anos, com uma amiga que era artista de uma companhia de dança. Mais
tarde tornou-se empregada doméstica de um músico que acabou descobrindo o seu
talento e a iniciou na carreira profissional.
Sua personalidade forte, tanto no palco como nos
bastidores, fizeram dela uma celebridade no Egito, a ponto de ser chamada por
muitos como a quarta pirâmide do Egito. A ousadia é sua marca registrada.
Seu nome esteve envolvido em muitos escândalos. Seus
controversos shows em locais cinco estrelas a fizeram famosa, Além disso foi envolvida em muitas polêmicas,
a fim de aumentar a atenção e comoção, o que deu certo. Fifi Abdou marca
presença tanto nos tribunais como nos salões de baile. Como resultado, ela nunca
sai sem seus guarda-costas para protegê-la contra os excessos de admiradores ou
adversários. Apesar de a rede de televisão egípcia ter proibido a exibição de
todos os dramas estrelados por Fifi, sua popularidade permanece inalterada.
Além de bailarina e atriz, tornou-se também uma
mulher de negócios. Seu faturamento é alto, tendo sido considerada uma das
mulheres mais ricas do Cairo, tendo, entre seus bens, mais de cinco mil roupas
de dança do ventre. Apesar disso, nunca se esqueceu de sua origem humilde.
Fifi faz doações para aproximadamente 30 famílias carentes, mas os islâmicos
dizem que seu dinheiro é sujo e ilegal, que não deve servir de alimento para
ninguém. Ela contesta, dizendo que seu dinheiro é bonito, porque ela o ganha
graças a seu árduo trabalho. Que no meio do inverno, ela dança descalça, sobre
um chão frio, enquanto mulheres de alta sociedade, vestidas em pele,
assistem-na na platéia. Sua personalidade é rebelde.
Muitas mulheres a veem como uma heroína pela sua audácia em
uma país onde ser mulher acarreta a vivência de muitas dificuldades,
principalmente se essa mulher for também artista.
Mesmo em suas últimas produções, ela ainda encontra
inspiração para acrescentar algo mais à sua performance de dança, sempre com
muita criatividade.
Entre suas características marcantes está seu estilo solto e
improvisado, além de causar inveja a qualquer dançarina com seu estonteante
shimmy (tremor dos quadris). Em sua orquestra, o alaúde toma frente, para atuar
em combinação com seus shimmies. Ela afirma
que não teve professora que a ensinasse os passos, todos surgiram de dentro
dela. O seu forte é a interpretação da música, muito mais do que a utilização
de sequências elaboradas. Tem controle admirável sobre seu corpo e uma presença
de palco e sorriso cativantes.
Desde criança admiro muito a Dança do Ventre; até 2009 não havia tido a oportunidade ainda de fazer aulas. Minha motivação foi minha admiração pelos movimentos, pela vestimenta, pela cultura, pela beleza em um todo que a dança do ventre consegue reunir.
Você já fez outro
tipo de dança além da desta em questão? Caso tenha, por quanto tempo você a(s)
praticou?
Não.
Como a dança está
lhe ajudando(emocionalmente, fisicamente, psicologicamente)?
A dança me trouxe muitos benefícios: melhorou muito minha postura; me proporciona uma atividade física de maneira prazerosa. Costumo brincar dizendo que a dança me trouxe uma atividade física por consequência, pois não busco a dança para ter uma atividade física, busco a dança por admiração, por prazer e paixão que desperta em mim mais e mais a cada dia. Os benefícios emocionais são indescritíveis, pois aflorou em mim ainda mais a feminilidade.
Quais oportunidades
que você teve com a dança?
A dança me despertou novos horizontes: participar de eventos, conhecer pessoas novas, conhecer uma cultura bem diferente da nossa.
Quais professoras
contribuíram para sua formação na dança do ventre?
Iniciei as aulas com a Katia Regina e depois com a Monara Emerick, que é minha professora até hoje.
Qual contribuição
de sua(s) professora(s)?
Fiz aulas pouco tempo com a Katia, mas foi quem me deu a base para o que sei hoje, pois me ajudou a dar os primeiros passos na dança. Monara me traz um crescimento na dança muito grande, me ajuda a ter leveza, graciosidade, elegância, postura, está sempre me incentivando a crescer, a estudar mais; suas atitudes de incentivo são grandemente importantes pra mim.
Quais suas
conquistas/superações e realizações?
Participar de um evento, estar em um palco é uma realização muito grande, a dança pra mim é uma superação de limites e uma conquista de confiança.
Quais são suas
atuais dificuldades na dança?
Identificar os ritmos e alguns movimentos também tenho dificuldade para fazer.
Com quais
professores você já fez workshop e qual foi o que você mais gostou ou marcou
até agora; e por quê?
Só fiz um workshop por enquanto com Aischa Hortale, que me trouxe muito aprendizado. Adorei.
Quais são suas
bailarinas favoritas(nacionais e /ou internacionais)?
Admiro muitas: Lulu Sabongi, Suheil, Ju Marconato, Renata Lobo , cujo vídeo que vi antes mesmo de começar as aulas, aumentando a minha admiração e me incentivou ainda mais a começar a dançar.
Um sonho na dança.
Me tornar uma bailarina completacom graciosidade, postura, elegância, conhecimento musical, montar lindas coreografias, despertar admiração e ter a oportunidade de dançar em grandes eventos
Estava em uma fase não muito boa em minha vida. Por isso procurava fazer
coisas diferentes do que já havia feito e dentre elas, dançar. Comecei,
então, a fazer outras danças e a vontade crescia mais e mais, quando me
deparei com a dança do ventre . Estou me apaixonando por esta dança!!!
Você já fez outro
tipo de dança além da desta em questão? Caso tenha, por quanto tempo você a(s)
praticou?
No ano passado comecei também a fazer dança de salão. Me encantei com as danças! Me faz me sentir muito bem!
Como a dança está
lhe ajudando(emocionalmente, fisicamente, psicologicamente)?
Sinceramente estou me sentindo muito melhor e cada vez mais estou me
envolvendo com a arte da dança. É uma dança envolvente, contagiante,
muito sensual e de uma rica cultura.
Quais oportunidades
que você teve com a dança?
Tive oportunidade de, em pouco tempo de aula, fazer algumas apresentações em público.
Quais professoras
contribuíram para sua formação na dança do ventre?
Saisha Lis (Monarah Emerick).
Qual contribuição
de sua(s) professora(s)?
Excelente profissional. Muito dedicada em seu ensinamento. Muito
atenciosa e carinhosa com suas alunas. Nos incentiva sempre e sempre na
dança, no aprendizado, nas apresentações.
Quais suas
conquistas/superações e realizações?
Sou tímida para falar em público, imagina dançar... rsrsrs. Porém, já consegui vencer algumas barreiras em relação a timidez.
Quais são suas
atuais dificuldades na dança?
Tem que ter muito molejo, se soltar bastante e, ao mesmo tempo, muita
suavidade nos movimentos, pois esta dança exige isso. Somente mesmo com
muita dedicação e muitos treinamentos.
Com quais
professores você já fez workshop e qual foi o que você mais gostou ou marcou
até agora; e por quê?
Infelizmente não fiz nenhum ainda, mas não vai faltar oportunidade.
Quais são suas
bailarinas favoritas(nacionais e /ou internacionais)?
Não tenho nenhuma favorita, pois gosto de todas; gosto da dança e me encanto com ela.
Um sonho na dança.
Perder um pouco mais da timidez e fazer uma apresentação solo.